PRAÇA AMADOR PEREIRA DE
ALMEIDA
Palco
de inúmeras lembranças, o espaço destinado A Praça Amador Pereira de Almeida de
Itaberá localiza-se defronte à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, região
central cidade de Itaberá-SP.
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Praça
Amador Pereira de Almeida – Itaberá-SP. <disponível em https://www.google.com.br/maps/place/Pra%C3%A7a+Amador+Pereira+de+Almeida/@23.862012,49.1382288,412m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94c3db422b28a147:0xfd8850af1046431f!8m2!3d-23.8620169!4d-49.1371357.> Acesso em
01/10/2016, 12h21
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Na
gestão do prefeito Jamil José Esteves e vice-prefeito Ary Cardoso (1973/1976) a
então conhecida como Praça da Matriz, foi iniciada sua reconstrução, ganhando
ares de arquitetura moderna. Canteiros foram redesenhados, bem como os passeios
públicos e toda a estrutura de acesso ao local.
O
motivo para a alteração do formato anterior não se sabe ao certo, até a
presente data. Uma das possibilidades seria a revitalização do local, haja
visto o mesmo estar ocorrendo em cidades vizinhas a Itaberá.
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Vista parcial Praça, fev. 1981. Acervo pessoal cedido. |
Pedro
Mariano de Oliveira, sucessor de Jamil Esteves, finalizou a construção do local,
instalando novos bancos, pavimentando-a em mosaico português, além da
instalação elétrica e a Caixa Acústica, onde sob seu piso existem os sanitários
públicos.
Pelo
que se sabe, antes de possuir as características urbanísticas atuais, a Praça
Amador Pereira de Almeida, foi construída pelo prefeito Maurício Pereira de
Almeida.
Sua
origem não difere de outras localidades mundiais, sendo constituída pela sua
historicidade como marco de ocupação territorial e de lazer, havendo em algumas
a fixação de Cruzeiro e Pelourinho, no período Colonial de nosso País. Não se
sabe ao certo se o primeiro marco existiu no local. Já o segundo seria
improvável, tendo por base a data da ocupação do local aqui referido, suceder o
período abolicionista.
A
Praça nos primórdios da história de Itaberá, originou-se após a edificação da
terceira Capela da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, posteriormente substituída
em definitivo por outro prédio, finalizada 1915. Segundo LISBOA E SILVA (2015:162), “O espaço
defronte à Igreja, conhecido como “Largo da Matriz”, além de realizar festas
religiosas, servia também para a acomodação de tropeiros que acampavam e
pernoitavam, antes de seguir viagem até Sorocaba para vender mercadorias”.
Com
expansão da área urbana do município de Itaberá seus arruamentos tomaram novas
formas. O centro comercial, consequentemente mudou de lugar para facilitar o
escoamento de produção. A cidade passa a possuir em seu novo centro comercial
um terreno ocioso, pertencente a Mitra Diocesana, cuja divisa compreende as
atuais vias públicas: (ao Norte) Rua Cel. Amantino, (Sul) Avenida Prefeito
Carlos Rodrigues dos Santos, (Leste) Rua Cel. José Pedro de Lima e, (Oeste)
Calçadão Municipal Padre Miguel Beltrame.
Em
seu livro “A SAGA DE UM MUNICÍPIO. De Nossa Senhora da Conceição de Lavrinhas à
Itaberá, LISBOA e SILVA, detalham as características desse arruamento no ano de
1902, bem antes da construção da Igreja Matriz referida anteriormente.
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Arruamentos Ano 1902, cidade de
Itaberá-SP. Livro "A SAGA DE UM MUNICÍPIO (...)."
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Faz-se
necessário mencionar que no crescimento da cidade no início do século XX era
natural não haver preocupações urbanísticas com infraestrutura destinada a
melhoria das condições de mobilidade física e tão pouco com o espaçamento entre
as ruas , tendo os gestores apenas o cuidado de prover a cidade de condições de
tráfego para veículos de carga e descarga, visto a dificuldade de movimentação
dos produtos alimentícios, já que esses em sua maioria eram transportados em
cavalos, carros de boi e outros afins.
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Antigo Coreto. Acervo pessoal cedido profª. Luiza Valcazara Pimenta. |
Ainda
na formação da primeira Praça, foram construídos alguns canteiros e um Coreto,
este último em formato hexagonal, onde retretas da Banda Municipal agregavam as
famílias itaberaenses em momentos de lazer. O espaço também era utilizado como
palanque oficial de muitos discursos da história política de Itaberá.
Os
tijolos fabricados com barro, utilizados para construção dos canteiros e
escadas de acesso eram transportados por carroças.
Em
24 agosto de 1950 referida Praça recebeu seu primeiro calçamento, autorizado
pela Lei de nº 32 do então prefeito Antonio Flavio de Souza,
(...) Artigo 1º - Fica
autorizada a Prefeitura Municipal a mandar executar, mediante concorrência publica
ou sob administração, os serviços de revestimento com concreto ou tijolos de
assentados em argamassa e cimento ou cal e areia, o pizo do jardim da Praça da
Matriz, nesta cidade, destinado ao publico, executando também outros serviços
que julgar necessários ao embelezamento daquele logradouro público. Artigo 2º -
Para custear as despesas com os serviços autorizados, o Prefeito abrirá na
Contadoria Municipal, um crédito especial de Cr#35.000,00 (trinta e cinco mil
cruzeiros) que será coberto com o auxilio concedido pelo Governo do Estado, pra
ser aplicado em obras publicas do Municipio.
Em
1956 as ruas Cel. José Pedro de Lima e Serviliano Silva já eram pavimentadas
com paralelepípedos, em quase sua totalidade e a Praça ainda possuía nos
espaços destinados aos transeuntes piso em concreto e areia.
Na
gestão do Prefeito Antenor Portes foi realizada campanha para a instalação dos
bancos construídos em cimento, cuja colaboração das casas comerciais permitiu a
inscrição dos nomes de seus doadores no encosto.
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A antiga Praça da Matriz possuía também
como marco uma frondosa Palmeira de Tâmara – entre às Ruas Cel. José Pedro de
Lima e Cel. Amantino -, cujo plantio ocorreu provavelmente na gestão do Sr. Alfredo
de Oliveira. Era a árvore de maior destaque do local e admirada por toda a
população.
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Vista parcial Praça com a Palmeira, atual Rua Cel. José P. de Lima. Acervo pessoal cedido Profª. Luiza Valcazara Pimenta. |
Um
dos colaboradores para a manutenção do paisagismo local era o professor Alberto
Pereira.
Por
relatos de moradores, sabe-se que uma das curiosidades sobre esse tema é o
plantio de uvas japonesas na Praça, enviadas por engano ao local.
O
prefeito Antenor Portes, em sua gestão, manteve o cuidado com a ornamentação do
espaço, replantando flores e árvores.
Um
dos colaboradores para a manutenção do paisagismo local era o professor Alberto
Pereira.
Por
relatos de moradores, sabe-se que uma das curiosidades sobre esse tema é o
plantio de uvas japonesas na Praça, enviadas por engano ao local.
O
prefeito Antenor Portes, em sua gestão, manteve o cuidado com a ornamentação do
espaço, replantando flores e árvores.
FONTES: Figura 1. Imagem Satélite. Praça Amador Pereira de Almeida – Itaberá-SP. <disponível em https://www.google.com.br/maps/place/Pra%C3%A7a+Amador+Pereira+de+Almeida/@23.862012,49.1382288,412m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94c3db422b28a147:0xfd8850af1046431f!8m2!3d-23.8620169!4d-49.1371357.> Acesso em 01/10/2016, 12h21
Figura 2.Vista parcial Praça, fev. 1981. Acervo pessoal cedido.
Figura 3. Arruamentos Ano 1902, cidade de
Itaberá-SP. Livro "A SAGA DE UM MUNICÍPIO. De Nossa Senhora da Conceição de Lavrinhas à Itaberá"
Figuras 3,4 e 5., Coreto, Vista parcial Praça e Palmeira, acervo pessoal cedido pela Professora Luiza Valcazara Pimenta.
Obs. O presente texto possui finalidade de registro da História da cidade de Itaberá-SP, não contendo pretensão de finitude desta, mas de acervo da memória da localidade. Pode ser utilizado, desde que respeitado a fonte do texto e de suas imagens.