quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PRAÇA AMADOR PEREIRA DE ALMEIDA


Palco de inúmeras lembranças, o espaço destinado A Praça Amador Pereira de Almeida de Itaberá localiza-se defronte à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, região central cidade de Itaberá-SP.

Na gestão do prefeito Jamil José Esteves e vice-prefeito Ary Cardoso (1973/1976) a então conhecida como Praça da Matriz, foi iniciada sua reconstrução, ganhando ares de arquitetura moderna. Canteiros foram redesenhados, bem como os passeios públicos e toda a estrutura de acesso ao local.
O motivo para a alteração do formato anterior não se sabe ao certo, até a presente data. Uma das possibilidades seria a revitalização do local, haja visto o mesmo estar ocorrendo em cidades vizinhas a Itaberá.
Vista parcial Praça, fev. 1981. Acervo pessoal cedido.
Pedro Mariano de Oliveira, sucessor de Jamil Esteves, finalizou a construção do local, instalando novos bancos, pavimentando-a em mosaico português, além da instalação elétrica e a Caixa Acústica, onde sob seu piso existem os sanitários públicos.
Pelo que se sabe, antes de possuir as características urbanísticas atuais, a Praça Amador Pereira de Almeida, foi construída pelo prefeito Maurício Pereira de Almeida.
Sua origem não difere de outras localidades mundiais, sendo constituída pela sua historicidade como marco de ocupação territorial e de lazer, havendo em algumas a fixação de Cruzeiro e Pelourinho, no período Colonial de nosso País. Não se sabe ao certo se o primeiro marco existiu no local. Já o segundo seria improvável, tendo por base a data da ocupação do local aqui referido, suceder o período abolicionista.
A Praça nos primórdios da história de Itaberá, originou-se após a edificação da terceira Capela da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, posteriormente substituída em definitivo por outro prédio, finalizada 1915.  Segundo LISBOA E SILVA (2015:162), “O espaço defronte à Igreja, conhecido como “Largo da Matriz”, além de realizar festas religiosas, servia também para a acomodação de tropeiros que acampavam e pernoitavam, antes de seguir viagem até Sorocaba para vender mercadorias”.
Com expansão da área urbana do município de Itaberá seus arruamentos tomaram novas formas. O centro comercial, consequentemente mudou de lugar para facilitar o escoamento de produção. A cidade passa a possuir em seu novo centro comercial um terreno ocioso, pertencente a Mitra Diocesana, cuja divisa compreende as atuais vias públicas: (ao Norte) Rua Cel. Amantino, (Sul) Avenida Prefeito Carlos Rodrigues dos Santos, (Leste) Rua Cel. José Pedro de Lima e, (Oeste) Calçadão Municipal Padre Miguel Beltrame.
Em seu livro “A SAGA DE UM MUNICÍPIO. De Nossa Senhora da Conceição de Lavrinhas à Itaberá, LISBOA e SILVA, detalham as características desse arruamento no ano de 1902, bem antes da construção da Igreja Matriz referida anteriormente.

Arruamentos Ano 1902, cidade de Itaberá-SP. Livro "A SAGA DE UM MUNICÍPIO (...)."

 
Faz-se necessário mencionar que no crescimento da cidade no início do século XX era natural não haver preocupações urbanísticas com infraestrutura destinada a melhoria das condições de mobilidade física e tão pouco com o espaçamento entre as ruas , tendo os gestores apenas o cuidado de prover a cidade de condições de tráfego para veículos de carga e descarga, visto a dificuldade de movimentação dos produtos alimentícios, já que esses em sua maioria eram transportados em cavalos, carros de boi e outros afins.
Antigo Coreto. Acervo pessoal cedido profª. Luiza Valcazara Pimenta.
Ainda na formação da primeira Praça, foram construídos alguns canteiros e um Coreto, este último em formato hexagonal, onde retretas da Banda Municipal agregavam as famílias itaberaenses em momentos de lazer. O espaço também era utilizado como palanque oficial de muitos discursos da história política de Itaberá.
Os tijolos fabricados com barro, utilizados para construção dos canteiros e escadas de acesso eram transportados por carroças.
Em 24 agosto de 1950 referida Praça recebeu seu primeiro calçamento, autorizado pela Lei de nº 32 do então prefeito Antonio Flavio de Souza,

(...) Artigo 1º - Fica autorizada a Prefeitura Municipal a mandar executar, mediante concorrência publica ou sob administração, os serviços de revestimento com concreto ou tijolos de assentados em argamassa e cimento ou cal e areia, o pizo do jardim da Praça da Matriz, nesta cidade, destinado ao publico, executando também outros serviços que julgar necessários ao embelezamento daquele logradouro público. Artigo 2º - Para custear as despesas com os serviços autorizados, o Prefeito abrirá na Contadoria Municipal, um crédito especial de Cr#35.000,00 (trinta e cinco mil cruzeiros) que será coberto com o auxilio concedido pelo Governo do Estado, pra ser aplicado em obras publicas do Municipio.

Em 1956 as ruas Cel. José Pedro de Lima e Serviliano Silva já eram pavimentadas com paralelepípedos, em quase sua totalidade e a Praça ainda possuía nos espaços destinados aos transeuntes piso em concreto e areia.
Na gestão do Prefeito Antenor Portes foi realizada campanha para a instalação dos bancos construídos em cimento, cuja colaboração das casas comerciais permitiu a inscrição dos nomes de seus doadores no encosto.
Vista Praça, atual Av. Pref. Carlos R. dos Santos. Acervo pessoal cedido profª. Luiza Valcazara Pimenta.
A antiga Praça da Matriz possuía também como marco uma frondosa Palmeira de Tâmara – entre às Ruas Cel. José Pedro de Lima e Cel. Amantino -, cujo plantio ocorreu provavelmente na gestão do Sr. Alfredo de Oliveira. Era a árvore de maior destaque do local e admirada por toda a população.
Vista parcial Praça com a Palmeira, atual Rua Cel. José P. de Lima. Acervo pessoal cedido Profª. Luiza Valcazara Pimenta.
Um dos colaboradores para a manutenção do paisagismo local era o professor Alberto Pereira.
Por relatos de moradores, sabe-se que uma das curiosidades sobre esse tema é o plantio de uvas japonesas na Praça, enviadas por engano ao local.
O prefeito Antenor Portes, em sua gestão, manteve o cuidado com a ornamentação do espaço, replantando flores e árvores.
Um dos colaboradores para a manutenção do paisagismo local era o professor Alberto Pereira.
Por relatos de moradores, sabe-se que uma das curiosidades sobre esse tema é o plantio de uvas japonesas na Praça, enviadas por engano ao local.
O prefeito Antenor Portes, em sua gestão, manteve o cuidado com a ornamentação do espaço, replantando flores e árvores.


 FONTES: Figura 1. Imagem Satélite. Praça Amador Pereira de Almeida – Itaberá-SP. <disponível em https://www.google.com.br/maps/place/Pra%C3%A7a+Amador+Pereira+de+Almeida/@23.862012,49.1382288,412m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94c3db422b28a147:0xfd8850af1046431f!8m2!3d-23.8620169!4d-49.1371357.> Acesso em 01/10/2016, 12h21
Figura 2.Vista parcial Praça, fev. 1981. Acervo pessoal cedido.
Figura 3. Arruamentos Ano 1902, cidade de Itaberá-SP. Livro "A SAGA DE UM MUNICÍPIO. De Nossa Senhora da Conceição de Lavrinhas à Itaberá"
Figuras 3,4 e 5., Coreto, Vista parcial Praça e Palmeira, acervo pessoal cedido pela Professora Luiza Valcazara Pimenta.

Obs. O presente texto possui finalidade de registro da História da cidade de Itaberá-SP,  não contendo pretensão de finitude desta, mas de  acervo da memória da localidade. Pode ser utilizado, desde que respeitado a fonte do texto e de suas imagens.